Justiça condena tio de Michelle Bolsonaro por envolvimento em milícia e grilagem de terras
João Batista Firmo Ferreira e mais seis PMs foram condenados a 10 anos de prisão
A Justiça do Distrito Federal condenou, nesta terça-feira, 13, sete policiais militares a 10 anos de prisão por organização criminosa, sendo um deles o primeiro-sargento João Batista Firmo Ferreira, tio da primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro. Os militares foram presos no âmbito da “Operação Horus”, deflagrada em maio de 2019 pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e que desarticulou o grupo envolvido em grilagem de terras. Esse é o terceiro parente de Michelle envolvido com o mundo do crime. Ela já teve uma avó presa por tráfico de drogas e a mãe investigada por falsificação ideológica.
João Batista e outros membros, no entanto, ganharam liberdade em abril de 2020. Ele é acusado de participar de uma milícia responsável pelo esquema. As investigações também tiveram apoio do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Indícios apontam que os policiais militares eram milicianos e atuavam para beneficiar esquema ilegal de parcelamento de terras.
A ação foi batizada de Horus – o deus do sol, segundo a mitologia egípcia – como uma referência ao Sol Nascente, local onde acontecia o parcelamento ilegal de terras. Na região, vivia também a avó de Michelle, Maria Aparecida Firmo Ferreira. Ela veio a óbito em agosto do ano passado, aos 80 anos, vítima da Covid-19, e já foi presa por tráfico de drogas. A mãe de Michelle, Maria das Graças Firmo Ferreira, também tem ficha na polícia, sendo investigada por falsificação ideológica.