Juiz desabafa e diz que sofre preconceito por ser uma “pessoa simples” e usar “bermuda e chinelo”

Um juiz do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, o maranhense André Alencar publicou em suas redes sociais no domingo (17/10), um desabafo. Segundo ele, teria sofrido preconceito por “não se portar como juiz”, após ter ido a feira tomar caldo de galinha caipira.

Em outra ocasião, o juiz relata que foi “julgado” por ter ido a um bar na noite do último sábado (16/10). “Agora, só porque eu passei no concurso não posso comer na feira? Não posso ir em um lugar simples? Tenho que sempre andar arrumado, na pose, bancando o fino e elegante?”, afirmou.

“Sou uma pessoa simples”, desabafou o juiz

O juiz reforçou que não se importa com “status” e completou: “Adoro sair por aí de bermuda e chinelo, e isso não define quem eu sou”.

O magistrado também contou ter sido comparado a um estagiário e que não teria bom senso. “Me falaram que sou juiz, mas com cabeça de estagiário, que eu não tenho bom senso”.

Mesmo com as críticas, o juiz afirma que não pretende mudar. “Não sou adepto dessa visão glamourosa que tem a sociedade de que, por ser juiz, não posso estar vestindo assim, assado, não posso frequentar determinados lugares ‘inapropriados pra minha condição social’. Eu simplesmente não me importo”, ressaltou.

Relato do juiz gera reação na internet

O relato gerou inúmeras interações e outros internautas aproveitaram para contar experiências parecidas que tiveram trabalhando no judiciário.

Um outro juiz, aproveitou a deixa para contar que exerce a função há 14 anos, e que também sai para bares e feiras e comentou sobre suas vestimentas diárias. “No início, estranharam. Agora, acostumaram”.

Por Isabela Oliveira, do Mais Goiás