Jorge Amado, um dos mais célebres escritores brasileiros lutou para instituir o Dia do Escritor
A data foi consagrada após um decreto governamental em 1960 e é comemorada neste domingo (24/7)
O célebre autor baiano Jorge Amado (1912-2001), já havia, em 1960, escrito 11 (dos seus 16) romances. Ele era, na ocasião, vice-presidente da União Brasileira dos Escritores (UBE) e teve, juntamente, com o presidente da entidade e imortal da ABL, João Pelegrino Junior (1898-1983), a iniciativa de realizar o 1º Festival do Escritor Brasileiro, em 1960. Além do evento, um decreto governamental instituiu a data do Dia Nacional do Escritor.
Era uma forma de garantir maior visibilidade ao profissional. Sessenta e um ano depois, promover a literatura ainda é desafio no Brasil. A memória da vida e obra de Jorge Amado, que atuou por essa data, é vasta em diferentes programas de TV, de rádio e também em publicações escritas de internet.
Em entrevista ao programa Recordar é Viver, da EBC, Jorge Amado brinca que escreve o mesmo romance há 50 anos, em vista das recorrências das temáticas, como o povo baiano; a relação com o candomblé, o “coronelismo” e a diversidade cultural brasileira. Além disso, ele trata do período em que foi deputado federal, o amor pela esposa Zélia Gattai e as inspirações para escrever.
Obras de Jorge Amado ficaram conhecidas também pelas adaptações para cinema e TV. Gabriela, Cravo e Canela, Capitães de Areia, Dona Flor e Seus Dois Maridos, e Tieta do Agreste estão entre os exemplos. No caso de Tieta (que ficou conhecido também em telonas e telinhas), o livro começou a ser escrito em Salvador e foi concluído em Londres. Com 600 páginas, é um das histórias mais longas do autor e traz o complexo panorama social e cultural brasileiro.