Homofobia: Mulher ataca casal gay em padaria de SP e diz; “sou da família tradicional”
O casal foi surpreendido com xingamentos homofóbicos ainda no estacionamento, quando tentavam parar ao lado do carro da acusada
Nesta terça-feira (6), o jornalista Rafael Gonzaga utilizou suas redes sociais para denunciar um caso de homofobia que sofreu junto ao namorado na madrugada do último sábado (3), em uma padaria no bairro da Santa Cecília, em São Paulo (SP).
O casal foi surpreendido com xingamentos homofóbicos ainda no estacionamento, quando tentavam parar ao lado do carro da acusada. Quando perceberam o início das agressões que estavam sofrendo, eles começaram a gravar o episódio.
A mulher atirou um cone de trânsito contra o casal e os perseguiu até o interior do estabelecimento. O caso foi levado à delegacia na segunda (5) e está sob investigação da Polícia Civil.
“Eles são viados e acham que podem fazer o que eles querem, até ir onde a gente está. Os valores estão sendo invertidos. Eu sou de família tradicional e tenho educação diferente dessa porra aí”, diz a mulher em um vídeo registrado pelas vítimas.
Ainda segundo o relato do jornalista, ao tentarem usar a vaga do estacionamento, onde haviam três pessoas em pé, duas das pessoas teriam saído para liberar o espaço, mas uma mulher teria ficado com os braços cruzados até ser retirada por um conhecido. Em seguida, a mulher teria retornado, empurrado o retrovisor do veículo do motorista, os agredido com termos homofóbicos e posteriormente atirado um cone contra o casal.
A confusão continuou dentro da padaria e foi parcialmente filmada.
Ao G1, uma das vítimas afirmou ter seu rosto atingido pela suspeita.
“Eu escolhi falar de LGBTfobia cotidianamente aqui nos vídeos porque LGBTFOBIA MATA e, enquanto não entendermos isso enquanto sociedade, pessoas como essa mulher vão continuar achando que podem fazer isso em público” desabafou o jornalista na postagem.
A Polícia Militar foi chamada mas, segundo Rafael, se recusou a dar o flagrante do crime no estabelecimento. Na segunda(5), o casal registrou a ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI) e o caso está sob investigação da Polícia Civil.