Guarulhos volta atrás na obrigatoriedade do passaporte da vacina

A mudança faz parte da renovação de outras medidas sanitárias na cidade

Pouco mais de dois meses depois da publicação de um decreto que obrigava estabelecimentos comerciais a pedirem o passaporte da vacina, a Prefeitura de Guarulhos (Grande SP), gestão Gustavo Henric Costa (PSD), o Guti, publicou um novo decreto, no Diário Oficial, que revogou a exigência do comprovante de vacinação contra a Covid-19.

A mudança faz parte da revogação de outras medidas sanitárias da cidade, como fim da restrição à ocupação máxima e de distanciamento mínimo entre frequentadores em estabelecimentos públicos e privados. A exigência de utilização de máscaras segue mantida.

Segundo a gestão municipal, as medidas de flexibilização acontecem seguindo as diretrizes do governo de São Paulo, gestão João Doria (PSDB), pela retomada de atividades. Ainda de acordo com a cidade, desde segunda-feira (2), nenhuma morte por Covid-19 foi registrada.

“Outros fatores que sustentam essa ação estão no controle da proliferação da doença no município, com mais de 80% da população adulta vacinada, e acentuada queda de novos casos e mortes em relação a períodos anteriores”, afirma, em nota à reportagem.

“A prefeitura não abriu mão da manutenção dos protocolos, como a utilização obrigatória de máscaras e da disponibilização de álcool em gel 70% nos estabelecimentos”, completa.

A medida, que pedia que os clientes que entrassem em restaurantes, academias, bares, cafés, lanchonetes, cinemas, teatros, museus e shows mostrassem o comprovante, foi ignorada em estabelecimentos logo no primeiro dia e, na época, comerciantes alegaram falta de tempo hábil para colocar a medida em prática.

Segundo dados da Prefeitura de Guarulhos, 84.424 casos de pessoas com a doença foram confirmados na cidade, com 4.925 óbitos e três em investigação, além de 78.761 recuperados. No total acumulado de doses contra a Covid-19 no Vacivida, a cidade conta com 1.954.581 aplicações. A taxa de ocupação de leitos de UTI em hospitais públicos de Guarulhos é de 24,2%.

Por Luca Castilho

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