Gerente da Globo e instrutor experiente são as vítimas de acidente de avião em Boituva – Mais Brasília
FolhaPress

Gerente da Globo e instrutor experiente são as vítimas de acidente de avião em Boituva

Os dois estavam em aeronave com paraquedistas que tentou pouso de emergência em área de pasto na cidade paulista

Foto: Prefeitura de Boituva

Um dos dois paraquedistas mortos nesta quarta-feira (11) após o avião em que estavam cair em Boituva (a 120 km da capital paulista) é André Luiz Warwar, 53, gerente da competência de imagem, estratégia e tecnologia da TV Globo. Warwar, que morava no Rio de Janeiro, também era cineasta.

O primeiro longa-metragem dele, “O Crime da Gávea”, foi lançado em 2017. O cineasta dirigiu também “Retrato Falado”, o primeiro curta-metragem brasileiro exibido na resolução 4k. Trabalhava na Globo desde 2004 e comandava a equipe de operadores de câmera, diretores de imagem, editores de imagem e operadores de videografismo.

“Perdi hoje um amigo, ex-crush, ex-colega de trabalho. Voa meu amigo Warwar”, escreveu a diretora de novelas Maria de Médicis, ex-Globo, nas redes sociais.

A outra vítima é o instrutor Wilson José Romão Júnior, 38, de Piracicaba, no interior de São Paulo. Conhecido como Juninho Skydive, era experiente e costumava postar vídeos de saltos nas redes sociais. O último foi publicado poucas horas antes do acidente. A empresa em que Juninho trabalhava, a SkydiveThru, cancelou os treinos previstos para o próximo final de semana.

“Lamentamos o ocorrido e a perda de um grande parceiro e amigo. Nossa atenção prioritária está com os amigos nesse momento de dor”, disse a empresa, em nota.

Segundo o presidente do CNP (Centro Nacional de Paraquedismo), Marcello Costa, o piloto do avião, utilizado por paraquedistas para saltos, teria tentado um pouso de emergência em local aberto após detectar problemas na aeronave. De acordo com ele, quando a aeronave já estava correndo no pasto, passou por um buraco e capotou.

Relatos iniciais, porém, indicavam que o avião caiu após atingir uma torre de alta tensão. O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) vai apurar o acidente. Estavam a bordo o piloto e 15 paraquedistas.

Em 24 de abril, a paraquedista Bruna Ploner, 33, morreu num acidente no CNP. Ela era sargento do Exército e saltava com equipamentos de uma empresa particular. De acordo com a polícia, o acidente ocorreu quando ela tentou pousar.

Cristina Camargo