Fiocruz aponta que média de mortes por Covid-19 está em queda desde junho
Segundo levantamento da fundação, média móvel passou de 2.075,43 para 1.440,57 mortes em decorrência do novo coronavírus no Brasil
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que o número de mortes por Covid-19 vem diminuindo no Brasil de forma consistente, desde junho. Os dados fazem parte do levantamento “Monitora Covid-19”, da instituição.
No dia 19 de junho, a Fiocruz contabilizou 2.075,43 mortes, conforme a média móvel de sete dias. Nessa quinta-feira (8/7), esse número caiu para 1.440,57. De acordo com a Agência Brasil, o ápice de mortes da segunda onda do novo coronavírus ocorreu em 12 de abril, com 3.123,57 óbitos diários.
Com relação a quantidade de casos diários de Covid-19, segundo a média móvel de sete dias, ontem chegou a 48.636,86. Segundo a fundação, houve queda expressiva em relação a 23 de junho, quando alcançou o maior patamar da pandemia no país, com 77.264,71 casos diários.
O pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz, o epidemiologista Diego Xavier, ressaltou que, apesar da tendência observada de queda no número de casos e de óbitos, o nível dos indicadores ainda é muito alto no país.
“A média móvel de óbitos, em torno de 1,5 mil, ainda é muito superior a tudo o que a gente viu em 2020. Temos observado uma tendência de diminuição de mortes desde meados de abril, e isso é efeito principalmente da vacinação entre os mais idosos”, disse.
Com o ritmo de vacinação ainda lento e a possibilidade de circulação da nova variante Delta, com origem na Índia e altamente infecciosa, o pesquisador alertou que a população ainda precisa manter os cuidados como o uso de máscara e o distanciamento social para evitar a transmissão do novo coronavírus e o surgimento de novas variantes.
“É preciso acelerar a vacinação. E, mesmo tomando a vacina, é necessário manter os cuidados até que a gente tenha um volume de pessoas vacinadas suficiente para criar uma imunidade coletiva e, aí sim, retomar algumas atividades com cuidado”, afirmou o epidemiologista.