Filhas denunciam estupros do pai com desenho e recado de 'socorro' em caderno – Mais Brasília
FolhaPress

Filhas denunciam estupros do pai com desenho e recado de ‘socorro’ em caderno

Nas pinturas, um homem aparece com a genitália à mostra

Foto: Reprodução

Um homem foi preso suspeito de abusar sexualmente das duas filhas, de 6 e 8 anos, que denunciaram a violência por meio de desenhos encontrados por uma familiar, em Canoas (RS).

Segundo a Polícia Civil, as investigações apontam que o pai das crianças, de 28 anos, ameaçava as meninas para tentar impedi-las de denunciar o crime, afirmando que as machucaria ainda mais se elas contassem sobre os estupros para alguém e chegando a enforcar a caçula em uma ocasião.

Na quarta-feira (23), o suspeito foi preso depois que as filhas aproveitaram um caderno que ganharam da avó materna para fazer desenhos com temas que chamaram sua a atenção. A avó procurou a filha para conversar sobre a situação.

As duas chegaram à conclusão de que o comportamento das crianças havia mudado em uma questão de meses, com as meninas chorando mais e se irritando mais facilmente.

Nas pinturas, um homem aparece com a genitália à mostra, acompanhado de frases como “você vai fazer isso porque é legal”, “mãe, ele me obriga a fazer isso” e de um pedido de “socorro”. Com os sinais de violência, as familiares procuraram ajuda de uma psicóloga, que acabou descobrindo os abusos e seu autor, o que foi confirmado pelas vítimas em depoimento às autoridades.

A vítima mais nova, de seis anos, detalhou que em um dos episódios de abuso ouviu a irmã mais velha chorando e pedindo ao pai que parasse, o que não o comoveu, segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul.

Ela confidenciou que chegou a desenvolver técnicas para escapar dos estupros, ao perceber que o homem tinha “muito nojo” de urina. Ao ficar sozinha em casa com o pai, a criança fazia xixi em si mesma para evitar que ele se aproximasse.

O pai das meninas, que não foi identificado, teve um mandado de prisão preventiva expedido pelo crime de estupro de vulnerável.
A investigação do caso ficou a cargo da DPCA (Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente) de Canoas.