Estudo aponta que a prática de exercícios pode reduzir em até 30% o risco de AVC
Especialista alerta que o sedentarismo pode afetar a qualidade de vida de adultos e jovens
O próximo sábado, 6 de abril, é marcado pelo Dia Mundial da Atividade Física, uma data que ressalta a importância dos hábitos saudáveis na prevenção de diversas doenças.
Um estudo recente, divulgado no BMJ Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, destaca que a prática de atividade física, independentemente da intensidade, pode reduzir o risco de AVC (acidente vascular cerebral) entre 10% a 30%, quando comparada à inatividade.
“A atividade física regular é um dos principais agentes na prevenção de várias doenças, como diabetes, hipertensão arterial, obesidade e doenças inflamatórias, além de melhorar o sono”, enfatiza o neurocirurgião Victor Hugo Espíndola.
Essa constatação vem ao encontro dos resultados da pesquisa, que também analisou os impactos da atividade física em diferentes tipos de AVC: isquêmico e hemorrágico.
Segundo o estudo, a prática de baixos níveis de atividade física está associada a uma redução de 13% no risco de AVC isquêmico e 16% no risco de AVC hemorrágico.
“O AVC isquêmico, mais comum, ocorre devido à obstrução de um vaso sanguíneo, enquanto o hemorrágico resulta do rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro”, explica o especialista.
Os pesquisadores analisaram mais de 750 mil participantes ao longo de um período médio de 10 anos, em 15 estudos distintos. Cada estudo adotou classificações variadas para os níveis de atividade física, indo desde “nenhuma” até “ideal” ou “intensa”. Além disso, foi observado que níveis mais elevados de atividade física estão correlacionados com um risco ainda menor de AVC, com uma redução de 33% no risco para aqueles que praticam atividade física moderada.
“Com o AVC e o infarto figurando entre as principais causas de mortalidade global, é essencial praticar exercícios regularmente para manter a saúde e reduzir os riscos de hospitalização em decorrência dessas doenças”, destaca o neurocirurgião.
Essa recomendação reforça a importância de adotar um estilo de vida ativo para promover o bem-estar geral e prevenir doenças graves.
“De acordo com as diretrizes da OMS, é recomendado que os adultos realizem entre 150 a 300 minutos de atividade física moderada ou intensa por semana”, explica Espíndola. “Além disso, é crucial que crianças e adolescentes pratiquem cerca de 60 minutos diários de atividade física aeróbica moderada para garantir um desenvolvimento saudável”, acrescenta.