“Estou sendo subliminarmente acusado”, diz Bolsonaro sobre submarino que implodiu
Fala foi durante uma entrevista à Rádio Gaúcha
Na manhã desta sexta-feira (23), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que está sendo “subliminarmente acusado” de ser o responsável pela tragédia com o submarino Titan, que deixou cinco mortos após implodir. A fala foi durante uma entrevista à Rádio Gaúcha.
“Sabe quem é o responsável pelo trágico acidente no submarino, que desceu lá centenas de metros para ver o Titanic, você sabe? Jair Bolsonaro. Já tem manchete por aí, procura. ‘Ex-ministro de Bolsonaro angariava clientes para mergulhar no Titanic‘”, disse Bolsonaro. O político se refere à Agência Marcos Pontes, da qual o atual senador do PL é sócio, vendia pacotes para o submarino.
“É porque lá atrás o Marcos Pontes fez uma comparação sobre [ser] sem gravidade lá em cima, porque ele é astronauta, e uma gravidade máxima a essa profundidade. Que cada 10 metros de profundidade equivale a uma atmosfera. Ele fez isso. E porque ele fez isso no passado, eu agora estou sendo subliminarmente acusado de ser o responsável por aquela tragédia desse mini submarino que vitimou parece que cinco pessoas”, continuou Jair.
Venda de pacotes
De acordo com o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, foi relatado que a agência pertencente ao ex-ministro comercializava pacotes de viagem com destino ao Titanic. No entanto, foi revelado pela Marinha norte-americana que o submarino utilizado não possuía as condições de segurança necessárias para realizar essa jornada, conforme anunciado anteriormente.
O site da agência divulgava: “Esta é uma das aventuras mais incríveis que oferecemos: a oportunidade de testemunhar de perto o navio mais famoso do mundo, o Titanic! Isso é possível graças a um veículo especializado em pesquisas científicas, capaz de alcançar grandes profundidades”. O preço não foi divulgado.
Após ser contatada, a assessoria do senador e ex-ministro da Ciência e Tecnologia do governo de Jair Bolsonaro afirmou que a agência oferece pacotes de “turismo de aventura” e prioriza a segurança dos clientes. Além disso, informou que não havia passageiros que adquiriram pacotes por meio da empresa para a viagem em questão.
*Com informações do Metrópoles
Por Fabricio Moretti, do Mais Goiás