Dr. Jairinho é indiciado pela tortura de uma terceira criança

Débora Saraiva , mãe do menino e ex namorada do vereador, também foi indiciada por omissão ao crime

O vereador Dr. Jairinho foi indiciado pela Polícia Civil por tortura de mais uma criança. A vitima é filho da ex-namorada Débora Saraiva, que também foi indiciada, mas por omissão.

A Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) concluiu na última segunda-feira (31/5) o inquérito a respeito de agressões contra a criança, que na época tinha 3 anos de idade.

O exame de Corpo de Delito Indireto, que é feito baseado em exames clínicos e não diretamente na vítima, devido ao tempo transcorrido de seis anos, constatou que a ação que fraturou o fêmur da criança foi provocada por meio contundente.

Dr. Jairinho e Débora também foram indiciados pelo crime de falsidade ideológica, já que mentiram em depoimento na época e omitiram a agressão.

A criança seria a terceira vítima do vereador. Além da acusação de agressões e a morte do menino Henry Borel, Dr. Jairinho também é réu pela tortura da filha de outra ex-namorada, entre 2011 e 2012, que, na época, tinha 4 anos de idade.

Relembre o caso

Em março de 2015, Débora Saraiva, então namorada de  Dr. Jairinho, passeava no BarraShopping, Zona Oeste do Rio, na companhia do filho de 3 anos, quando recebeu uma ligação. Jairo pedira para levar a criança a uma festa, sozinho. A mãe consentiu. Quinze minutos após deixar o menino nas mãos de Jairo, no estacionamento, ela recebeu outro telefonema: a criança havia fraturado o fêmur.

Levado ao hospital, o menino passou a usar, por dois meses, um gesso que começava no abdômen, descia por toda a perna fraturada, pegava metade da outra, sendo ambas unidas por outro gesso, com abertura somente para a criança defecar e urinar.

A tortura contra o filho de Débora passou a ser apurada após a morte de Henry Borel, quando a polícia, no decorrer da investigação, chamou ex-namoradas do vereador para depor. Inicialmente, Débora não relatou as agressões. O caso foi para a Dcav, que recuperou documentos de seis anos atrás, do dia do  socorro à criança na unidade hospitalar.

Caso Henry

Dr. Jairinho foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e tortura, além de coação de testemunhas, pela morte de Henry Borel em 8 de março, em um apartamento na Barra da Tijuca, no Rio.

Já a mãe de Henry, Monique Medeiros, foi denunciada por homicídio, tortura omissiva, falsidade ideológica e coação de testemunha.

Sair da versão mobile