Consórcio Nordeste pede à Saúde urgência na compra de Coronavac para crianças
Anvisa aprovou na quinta-feira (20) a liberação do uso do imunizante
O Consórcio Nordeste, formado pelos nove estados da região, enviou um ofício na quinta-feira (20) ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, cobrando urgência na compra da Coronavac para vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou na quinta (20) a liberação do uso do imunizante em crianças e jovens de 6 a 17 anos.
Após a decisão da agência reguladora, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou no Twitter que a Coronavac para crianças será “considerada” pelo programa federal de imunização. A pasta ainda não confirmou a intenção de comprar a vacina para imunizar crianças e adolescentes.
O Instituto Butantan já tem armazenado 10 milhões de doses prontas, e a imunização em São Paulo começou na quinta, logo após o aval da Anvisa.
Na carta, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), presidente do Consórcio Nordeste, disse que é urgente vacinar as crianças e adolescentes, diante do aumento expressivo do número de casos em decorrência da variante ômicron.
“Em nome dos governadores dos nove estados do Nordeste, peço que o Ministério da Saúde realize compra das referidas vacinas já disponíveis no Instituto Butantan e proceda a distribuição entre os Estados conforme o Plano Nacional de Imunização”, escreveu Câmara.
“Tal medida deve ser tomada em caráter de absoluta urgência, algo absolutamente compatível com as atribuições deste Ministério. Fazemos tal pedido como decorrência do compromisso na busca de soluções para a erradicação de tão terrível pandemia”, acrescentou o governador.
O UOL questionou o Ministério da Saúde sobre o assunto e aguarda resposta.
O coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, João Gabbardo, afirmou na quinta, em participação ao UOL News, que se o Ministério da Saúde não quiser fazer a aquisição da CoronaVac para distribuir aos estados, o governo de São Paulo vai colocar à disposição para governadores e secretários estaduais da Saúde.
As primeiras doses da vacina contra a Covid-19 foram aplicadas em 14 de janeiro nas crianças. O imunizante utilizado foi o da Pfizer, único até então aprovado pela Anvisa para o grupo.
Na prática, a faixa etária que pode ser vacinada no Brasil não muda, mas, com a aprovação da CoronaVac para crianças, haverá oferta maior de vacinas.
As doses da Pfizer vêm desembarcando no Brasil em remessas vindas do exterior em quantidade ainda insuficiente para imunizar todas as faixas de idade infantil.
Como será a vacina da CoronaVac para crianças e jovens?
- Mesma formulação aplicada em adultos;
- Mesma dose adulta: 600 SU em 0,5 mL;
- Duas doses no intervalo entre 2 e 4 semanas
- Não aplicar em crianças imunocomprometidas, ou seja, com baixa imunidade