Caso Moïze: depoimento de dono de quiosque onde congolês foi morto ocorre nesta terça (1º)
Família denuncia que ele foi espancado até a morte após cobrar salário atrasado
A Polícia Civil do Rio de Janeiro deve ouvir nesta terça-feira (1º/2) o depoimento do dono do quiosque em que o congolês Moïse Kabamgabe trabalhava e foi espancado até a morte.
O estabelecimento fica localizado na praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Ali, Moïse foi espancado após cobrar um pagamento atrasado. O corpo dele foi achado amarrado em uma escada do quiosque.
A família do congolês esteve nessa segunda-feira (31/1) com a Comissão de Direitos Humanos da OAB, que acompanha o caso.
Para o prefeito do Rio, Eduardo Paes, a morte do rapaz é “inaceitável”.
“O assassinato de Moïse Kabamgabe é inaceitável e revoltante. Tenho a certeza de que as autoridades policiais atuarão com a prioridade e rigor necessários para nos trazer os devidos esclarecimentos e punir os responsáveis. A prefeitura acompanha o caso”, disse.
Entenda
O congolês Moise Mugenyi Kabagambe, 24 anos, foi encontrado sem vida na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, na segunda-feira passada (24/1).
Segundo familiares do jovem, ele teria sido espancado até a morte após pedir salários atrasados no quiosque onde trabalhava como ajudante de cozinha.
A perícia no corpo de Moïse indicou que a causa da morte foi traumatismo do tórax, com contusão pulmonar, causada por ação contundente.
O laudo do IML informou que os pulmões de Moíze tinham áreas hemorrágicas de contusão e vestígios de broncoaspiração de sangue.