Aeronáutica amplia interdição do aeroporto de Porto Alegre ao menos até 10 de agosto

FAB emitiu novo aviso que mantém fechamento do Salgado Filho por causa da inundação no local

Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, continuará interditado ao menos até o dia 10 de agosto, em virtude do alagamento no local.

A informação faz parte de um Notam (aviso ao aviador, em tradução livre) emitido pelo Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), órgão ligado à FAB (Força Aérea Brasileira).

O aeroporto está fechado para voos e decolagens desde o dia 3 de maio por causa das enchentes que atingem o Rio Grande do Sul há quase um mês.

O documento substitui outro Notam emitido pela FAB que tem validade até esta quinta-feira (30).

O aviso é válido por até 90 dias. “Após esse período, se a restrição persistir, um Suplemento AIP pode ser emitido, com validade máxima de três anos, para informações temporárias de longa duração”, diz a Aeronáutica.

Segundo a concessionária Fraport Brasil, as operações no aeroporto da capital gaúcha continuam suspensas por tempo indeterminado.

“Os danos causados à estrutura do sítio aeroportuário só poderão ser mensurados após a redução no nível da água”, afirma a empresa. “Somente após esse diagnóstico será possível avaliar eventual impacto no contrato de concessão.

Com o fechamento do Salgado Filho, a Base Aérea de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, começou a receber provisoriamente aviões comerciais de passageiros. Até esta semana são dois voos diários que podem descer no aeroporto militar. A partir da próxima semana o número aumenta para cinco.

A redução no nível de água do lago Guaíba, em Porto Alegre, já deixa aparentes praticamente toda a pista do aeroporto internacional que estava submersa, mas não se sabe em qual condição ela está.

Em entrevista na semana passada, o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho (Republicanos) afirmou que a Fraport já começou a fazer um diagnóstico do terminal.

“Tem gente que diz que a pista terá condições de receber voos, tem gente que acha que a pista terá que ser refeita completamente, porque a água terminou danificando o asfalto e o solo”, explicou. “Essa discussão do Salgado Filho a gente só vai ter quando tiver uma análise técnica mais clara. Neste momento, a gente montou uma operação de guerra.”

Por Fábio Pescarini

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