Vídeo mostra congolês no Rio sendo espancado mesmo no chão

Jovem foi agredido após pedir salários atrasados

Um vídeo de segurança divulgado nesta terça-feira (1º) mostra o momento em que o congolês Moise Mugenyi, 24, foi espancado até a morte perto de um quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, no último dia 24.

Segundo familiares do jovem, ele foi agredido após pedir salários atrasados no quiosque onde trabalhava como ajudante de cozinha.
No vídeo, é possível ver quando Moise mexe no interior de um refrigerador e dois homens se aproximam e o empurram para longe.

Um deles o joga no chão e os dois começam a lutar. O segundo homem chega a segurar as pernas de Moise. Enquanto isso, um terceiro agressor, com um pedaço de pau, começa a bater no congolês.
Instantes depois, quando Moise parece estar desacordado, com um agressor agarrado a ele no chão, um quarto homem pega o pedaço de pau e o agride.

Após um tempo, as imagens mostram um dos agressores fazendo massagem cardíaca no congolês, sendo observado de perto por uma mulher. Na sequência, um segundo homem também faz massagem no jovem.

“Mesmo depois de morto, os caras continuaram batendo nele. Largaram o corpo perto do quiosque mesmo, amarraram as mãos dele, colocaram elas para trás. Moise morreu, mas continuaram torturando ele”, conta Mamanu Idumba Edou, 49, tio do jovem.

Segundo Edou, os agressores ameaçaram um colega de Moise que estava no local, dizendo que ele morreria caso falasse alguma coisa. Depois de fugir, o homem chegou em casa e avisou que Moise estava morto na praia. “Nós estamos apavorados com o que aconteceu. É muito triste. É muita covardia. A gente sabe que não terá o Moise de volta, mas a gente quer justiça. ”

Nesta terça, um homem que diz ter participado das agressões se apresentou à polícia do Rio de Janeiro.
O suposto agressor, que é funcionário do quiosque vizinho e não teve o nome divulgado, foi até a 34ª delegacia pela manhã junto da família para contar sua versão do que aconteceu. Por volta das 13h30, foi levado à Delegacia de Homicídios (DH), que investiga o caso, para depor, mas não havia chegado até as 15h.

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