São Paulo confirma terceiro caso de varíola dos macacos no estado

Paciente é um homem de 31 anos da capital paulista. Ele está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas

Um terceiro caso de varíola dos macacos foi confirmado em São Paulo nesta terça-feira (14). O paciente é um homem de 31 anos da capital paulista. Ele está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas e apresenta bom quadro clínico e o caso foi confirmado por meio de análise do Instituto Adolfo Lutz, segundo divulgado pela Secretaria da Saúde do estado.

O estado de São Paulo já havia confirmado outros dois casos. Um dos pacientes era da capital e outro da cidade de Vinhedo (a 85 km de SP). No domingo (12), o Ministério da Saúde confirmou outro caso de um homem de 51 anos que mora em Porto Alegre.

Assim como os outros diagnósticos, o novo caso confirmado em São Paulo é considerado importado, em razão de viagem que o paciente fez para países da Europa.

No mundo, a OMS (Organização Mundial da Saúde) contabiliza mais de 1.000 casos confirmados em 29 países. Nenhuma morte foi registrada.

A varíola dos macacos é causada pelo “monkeypox”, um vírus do gênero Orthopoxvirus. Outro patógeno que também é desse gênero é o que acarreta a varíola, doença erradicada em 1980.

Embora tenham suas semelhanças, existem diferenças entre as duas doenças. Uma delas é a letalidade: a varíola matava cerca de 30% dos infectados. Já a varíola dos macacos conta com uma taxa de mortalidade entre 3% a 6%, segundo a OMS.

Os sintomas mais comuns aparecem dentro de 6 a 13 dias após a exposição, mas podem levar até três semanas. As pessoas que adoecem geralmente apresentam febre, dor de cabeça, dor nas costas e nos músculos, inchaço dos gânglios linfáticos e exaustão geral.

Cerca de um a três dias após a febre, a maioria das pessoas também desenvolve uma erupção cutânea dolorosa característica desse gênero de vírus. A erupção pode começar no rosto, nas mãos, nos pés, no interior da boca ou nos órgãos genitais do paciente e progredir para o resto do corpo.

A doença já era conhecida, mas vinha sendo registrada principalmente em países africanos. O que deixou a comunidade científica em alerta foi a disseminação rápida do vírus para outros países fora da África.

Para barrar a disseminação, recomenda-se o isolamento de casos confirmados da doença e aplicação da vacina contra a varíola nos contatos que o paciente teve. O problema é que esse imunizante não se encontra disponível para o público em geral. Em 2019, outra vacina foi desenvolvida e demonstrou eficácia na prevenção da varíola dos macacos, mas tem produção em pequena escala.

Por Samuel Fernandes 

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