Brasil registra 106 casos de varíola dos macacos, diz Saúde
São Paulo é o estado mais afetado, com 75 pacientes identificados
O Ministério da Saúde confirmou 106 casos de varíola dos macacos no Brasil, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (6/7).
São Paulo é o estado mais afetado, com 75 pacientes identificados.
Segundo o Ministério da Saúde, a pasta está em articulação direta com os estados “para o monitoramento dos casos e rastreamento dos contatos dos pacientes”.
Veja a seguir a quantidade de casos confirmados por estado:
São Paulo: 75
Rio de Janeiro: 20
Minas Gerais: 3
Ceará: 2
Paraná: 2
Rio Grande do Sul: 2
Rio Grande do Norte: 1
Distrito Federal: 1
COMO ACONTECE A CONTAMINAÇÃO
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo/íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Esse contato pode ser, por exemplo, por abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias próximas e por tempo prolongado.
PREVENÇÃO E SINTOMAS
Para prevenir a infecção, a recomendação é de evitar contato próximo/íntimo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado; evitar o contato com qualquer material, como roupas de cama, que tenha sido utilizado pela pessoa doente; e higienizar as mãos, lavando-as com água e sabão e/ou álcool gel.
Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início desses sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele que podem estar localizadas em mãos, boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.
A varíola dos macacos pode ser letal, mas o risco é baixo. Existem dois grupos distintos do vírus da doença circulando no mundo, agrupados com base em suas características genéticas: um predominantemente em países da África Central – com taxa de fatalidade de cerca de 10% –e outro circulando na África Ocidental, com taxa bem menor, de 1%.
Complicações podem ocorrer, principalmente infecções bacterianas secundárias da pele ou dos pulmões, que podem evoluir para sepse e morte ou disseminação do vírus para o sistema nervoso central, gerando um quadro de inflamação cerebral grave chamado encefalite, que pode ter sequelas sérias ou levar ao óbito.
Além disso, como toda doença viral aguda, a depender do estado imunológico do paciente e das condições e acesso à assistência médica adequada, alguns casos podem levar à morte.